segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dádiva.



Por mais que o poeta tente,

apresentar com palavras a sua graça;

mesmo que ele te reinvente,

seja o que for que faça...


Jamais conseguirá,

ainda não inventaram;

palavras pra te decifrar,

sábios os que calaram;

para melhor te admirar...
 
 
Ceará,

Um pedido...

Não vejo a hora de ler,
não imagino o que há escrito;
o que devo fazer?
me diga, senão foi dito.

Essa expectativa me tortura,
se abre "meu poeta";
lembra-te eu sou doçura,
sua poesia me completa.

Não alimente essa ansiedade,
me brinde mais uma vez;
não me prive a felicidade,
me mostre o que fez.

Mas você parece que gosta,
conhece meu coração;
esconde a resposta,
e aumenta minha paixão.

Josenildo Ceará.

sábado, 5 de novembro de 2011

Rabiscos de um fim de tarde.

Dedilhando o velho violão, entoando prosa e canção...
saudades daquele tempo;
que ouvíamos o sentimento.

Não sou mais romântico, ninguém escuta meu cântico...
meu cântico de tristeza;
só chora comigo a natureza...

Lembro que você parava pra ouvir, sem tempo de partir...
as notas que o violão ia tocando;
e minha boca no teu ouvido sussurrando...

Nem eu, nem o violão temos mais você, não há resposta, nem por quê...
mas deixarei contigo um tormento;
me levarás pra sempre no teu pensamento...


Quando o meu violão parar te tocar,
é sinal de que meu coração resolveu se calar.

Josenildo Ceará.