quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Repente do IPTU

Certa vez, na terra de alibabá;
quisero de urtima hora o IPTU omentá...
mas dero cus burro nagua;
porque modi o povo num quis deixá...

O projeto já tava encaminhado,
só o que fartava era aprová;
vi dizé tinha inté um cumbinado,
8 a 5 era o placá...

Peço encarecido, a vossa excelença,
fazê favô de comigo, não se enraivá;
ao sinhô, basta agir com prudença,
e a veis, dos pobri se alembraaá....

Josenildo Ceará.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Grito

De repente  ouvi um grito,
sem que houvesse estampido;
o silencio da noite interrompido,
pela ação de mais um bandido.

Um coração bate aflito,
chora pelo ser querido;
esposa grita pelo marido,
vítima de mais um delito.

E nas paginas policiais,
a notícia se torna estatística;
outra vitória dos marginais,
triste a lágrima se petrifica.

Josenildo Ceará

 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Cachinhos

 
Figura que remete ao paraíso,
mesmo sem teus carinhos;
vontade de sorrir seu sorriso...
e acariciar teus cachinhos.
...
 
J. Ceará

sábado, 2 de agosto de 2014

Gaveta


Longe de ser convencional,
você ressuscita lembranças;
algumas poucas esperanças,
do meu bem e do meu mal.
 
Se abre vez ou outra pra mim,
revela teus íntimos segredos;
apalpados pelos meus dedos,
quando percorrem teu jardim.

Na gaveta a fotografia,
do amante esquecido;
a caminho do umbigo,
um turbilhão de nostalgia.
 
Não contendo as lágrimas,
observo as linhas da história;
reescritas na minha memória,
esperando novas páginas.
 Josenildo Ceará

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Trovador

Na batida do pandeiro, no coco da embolada; nunca tive paradeiro, nem alma aprisionada. Com minha viola chorosa, entoa canções de amor; componho rima e prosa, me orgulho de ser trovador. Josenildo Ceará.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sussurros na noite.

Naquela rua de terra eu passo devagar;

 não pelos buracos, ou pedras no caminho,

 passo devagar, e passo sozinho;

 na esperança de te escutar,

 numa canção ou num gemidinho;

 que me chama com carinho

 e por 10 segundos eu posso parar.



Josenildo Ceará

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Por que me chamam de poeta?


O verdadeiro poeta tem sensibilidade

abre o coração e escuta teus segredos

te faz sonhar sem sair da realidade

de forma sútil, não usa os dedos.


Eu sou apenas um rabiscador

que se perdeu por aí no tempo

que não soube brindar o amor

pelos anos lacrado por dentro.


Portanto não me chame de poeta

porque nunca desenhei a vida

nunca tive uma sintonia completa

nem com você, minha preferida.


Josenildo Ceará.