Quero fazer uso deste espaço para ressaltar os 25 anos de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra, e quero fazê-lo destacando um grupo aqui do nosso município, trata-se dos membros do Acampamento Florestan Fernandes (foto acima), que estão engajados na busca do direito constitucional de poder produzir e sustentar os seus.
O nome escolhido por este grupo não poderia ser outro; Florestan Fernandes era um grande sociólogo e político brasileiro, filho de mãe portuguesa era defensor das causas sociais e da democracia racial, e o vazia de forma única; “não existe sequer democracia para brancos poderosos, imagine para negros e mulatos”.
Na segunda feira (dia 02) alguns membros do Acampamento Florestan Fernandes estiveram na solenidade de abertura do ano legislativo na Câmara Municipal sustentando em punho a bandeira do movimento.
O movimento buscava auxílio do poder público batayporãense, já que recebem apenas subsídio alimentar do INCRA, e ainda assim têm que arcar com as despesas de transporte dos alimentos até o local onde estão acampados às margens da Fazenda Primavera, valor este que ultrapassa dois salários mínimos.
Das reivindicações feitas ao legislativo, obtiveram apenas a promessa de que será marcada uma reunião com o alcaide do município.
O fato é que enquanto os grandes latifundiários de nosso país estiverem por trás de nossos políticos (leia-se financiamento de campanhas eleitoreiras); a reforma agrária sempre ficará em segundo plano.
Assim como padecemos com uma Constituição e um Código Tributário cheios de Emendas, também colhemos os frutos amargos da concentração de renda e de terras nas mãos de poucos.
Aos membros e coordenadores do Acampamento Florestan Fernandes, o nosso respeito e solidariedade na luta pela igualdade social.
Este espaço estará sempre aberto para abordar causas nobres como esta.
Para encerrar faço uso das palavras do filósofo iluminista; "o mundo só terá paz quando o último rei morrer enforcado nas tripas do último padre", e tenho dito.
Abraço!
Nascimento.
