quarta-feira, 11 de maio de 2011

O GRANDE DESAFIO X GREGÓRIO DE MATOS

Obs: Leitores permitam-me dividir convosco estes rabiscos "surgidos" em uma aula de Literatura (prof. Claudia) na UEMS.

Para ser considerado “boca do inferno” só mesmo sendo conhecedor e propagador das palavras, e a obra de Gregório de Matos nos mostra que o mesmo soube ser.
Aqui cometo a ousadia de imaginar o professor Tolson frente a frente com Gregório de Matos “debatendo” sobre o que lhes vier à cabeça. Quem sabe eles discorressem sobre o negro. Tolson diria que o negro deve ter a verdade como base de tudo e que o importante não é o seu oponente, mas sim a defesa que você faz da sua verdade, enfim mostraria que o conhecimento é chave para um negro obter a liberdade.
“Tomando” a palavra, o “boca do inferno”, bem humorado diria: E que justiça a resguarda?... Bastarda. E que justiça a resguarda?... Bastarda. Sem nenhum preconceito, acredito que Gregório afirmaria que os negros de cá buscam menos o conhecimento do que os negros de lá.
O açúcar acabou e você o que tem feito para tê-lo? O Governo convence e sempre vence, te esmaga e você não faz nada, viva a sociedade alienada! É Gregório quem dera satirizar como você, nem que por isso eu também fosse degredado para Angola.
Que falta nesta cidade? O que falta neste país? A verdade que os “meninos” do professor Tolson defendiam, e se cá pra nós não há essa verdade ou por ignorância não a conhecemos então o que iremos defender? Falta-nos a armadura do conhecimento, e ainda existe alguns de nós que enxerga no “boca do inverno” um herege preconceituoso, já era assim na época dos livros “proibidos”, satirizar a “verdade deles” era desrespeitoso.
Uma lata vazia faz muito barulho, entretanto não mata a sede de um povo, por outro lado se a lata cheia faz pouco barulho é ela que sacia. Que possamos ser reservatórios de conhecimento e canais organizados palavreando, discutindo, debatendo e vencendo. Quem sabe assim os nossos sonhos terão a consistência da realidade.

* Será nesse dia que um negro passará a valer mais que um porco.

Josenildo - Ceará