segunda-feira, 11 de maio de 2015

Nordestino arriado.



De tão arriado que eu to ficando
Eu daria um chaboque da vida minha
Uma parte da venta ou a passarinha
Mesmo adepois eu viva cambaleando.

Eu inté queria coragem pra lhe convidar
Pra gente comer um chiabo de piaba
Mas ocê pensa que vou te engabelar
Deve de tá cansada de conversa fiada.

Se eu fosse um caba estribado
Eu te enchia das finesse do mundo
Infelizmente nasci malamanhado
Só posso te dar amor profundo.


Josenildo Ceará

domingo, 3 de maio de 2015

Professor! eu não fiz meu dever de casa.



Como um lápis; o dedo é apontado
não só aquele de poder do agressor,
cada um quer deixar seu recado
ou só dizer: aquele é meu professor!

Distribuíram spray e balas de borracha
bônus doloroso "entregue" a educação,
te tiram o pão, o cafezinho e a bolacha
te enchem de "dever", menos valorização.

Cartuchos municiados e lousas sem giz
Enquanto nas ruas "as tropas" te arrasa,
Professor! eu não fiz meu dever de casa
Pobre de mim, de você e do nosso país.

Josenildo Ceará.

sábado, 2 de maio de 2015

Choro de um canhoto



Ouvi um dizê que de mim num sai,
que só é feliz quem fica na direita do pai.
Intao...ce o canhoto como eu
por certo é contra Deus,
mesmo o pecado do destro
sendo maió que os meus.
Isso me deixa meio sem jeito
pro mode quê nosso coração
bate do memo lado do peito.
Se eu fosse vóis me cê,
butava o seu do lado dereito,
acabava com seu único defeito
e ficava ainda mais perfeito.

Josenildo Ceará.