sábado, 2 de agosto de 2014

Gaveta


Longe de ser convencional,
você ressuscita lembranças;
algumas poucas esperanças,
do meu bem e do meu mal.
 
Se abre vez ou outra pra mim,
revela teus íntimos segredos;
apalpados pelos meus dedos,
quando percorrem teu jardim.

Na gaveta a fotografia,
do amante esquecido;
a caminho do umbigo,
um turbilhão de nostalgia.
 
Não contendo as lágrimas,
observo as linhas da história;
reescritas na minha memória,
esperando novas páginas.
 Josenildo Ceará