Cresci ouvindo papai (que Deus o tenha) dizer que uma andorinha sozinha não faz verão, provavelmente ele (papai), se apoiava nos versos da música de Barrerito, para fazer tal afirmação.
Entretanto em determinados momentos da história “surgem” algumas andorinhas que se predispõem a fazer diferença no contexto em que estão inseridas. Estas andorinhas marcam seu tempo, ficam conhecidas pelo nome, enquanto as outras figuram no formato que lhes ditaram como politicamente correto, e dessa maneira permanecem protegidas (só se posicionam a frente do bando quando as condições de vôo lhes são favoráveis).
Cabe as andorinhas que têm nome, mesmo sendo minoria escrever o roteiro de vôo que culminará num verão feliz. É bem verdade que nem sempre os objetivos das andorinhas são os mesmos, umas querem um ninho quente pra repousar, outras invejam a capacidade das roteiristas, há àquelas que só pensam nos seus e, infelizmente ainda existem as que nem sequer sabem o que querem, todavia, independente de motivos, o importante é “alcançar” o verão.
Você andorinha; sozinha, sem bando, porém com a essência própria das andorinhas que possuem um nome, conseguiu “provocar” as demais, “incomodou” a ponto de fazer com que elas deixassem seu confortável ninho na tentativa de “delir” a marca que você “registrou” na história.
Por fim, é importante discorrer sobre a parte mais interessante da andorinha, o rabo. É ele que exerce a função de podar, cortar “o indesejável”, contudo, é este mesmo rabo tesourinha que num vaidoso descuido poderá destruir o seu próprio ninho, deixando sem abrigo a andorinha e seus descendentes.
Quem sabe assim outras andorinhas poderão desfrutar do próximo verão.
Abraço,
Ceará.
